quarta-feira, 20 de abril de 2011

ORAÇÃO


Orar é uma ordem, um mandamento de Deus. A Bíblia diz:
“... quando orares, entra no teu aposento, e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto;
e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará”.
Mateus 6:6.
Contou-lhes uma parábola
sobre o dever de orar sempre,
e nunca desfalecer”. Lucas 18:1.
“Orai pelos que vos maltratam
e vos perseguem”. Mateus 5:44b.
“Portanto, vós orareis assim...”. Mateus 6:9.
“Vigiai e orai”. Mateus 26:41.
“Perseverai na oração”. Romanos 12:12b.
“... orem em todo o lugar”. I Timóteo 2:8.
“Orai uns pelos outros”. Tiago 5:16b.
“Está alguém entre vós, aflito? Ore”. Tiago 5:13.
“Vigiai em oração” I Pedro 4:7b.
São imperativos encontrados em toda a Bíblia.
Pela oração o crente se eleva ao plano espiritual e aí fala com Deus e ouve a Sua voz; apresenta suas petições e recebe a Sua direção; intercede por outras pessoas; louva e adora ao Deus único, criador dos céus e da terra.
Nenhum cristão pode viver sem orar.
Orar é um ato de obediência, que resultará num conhecimento e num relacionamento mais próximo de Deus.
· Jesus ensinou seus discípulos a orar sendo Ele mesmo o exemplo, como homem de oração que foi, enquanto esteve na terra: na escolha dos discípulos, na multiplicação dos pães, na ressurreição de Lázaro, no Getsemani e em todas as ocasiões.
· O Evangelho de João utiliza três capítulos, 14, 15 e 16, para registrar as últimas instruções de Jesus aos discípulos, culminando com a Oração Sacerdotal, no capítulo 17, onde Jesus ora pela unidade e santidade da Igreja.
· Ora também para que os que crêem sejam livres do mal e ora por nós, os que cremos e pelos que ainda hão de crer até ao final dos tempos. Esta oração antecipada, de Jesus, protege os novos convertidos.
· Jesus orava sempre, em qualquer lugar, tempo e ocasião.
A Bíblia registra Jesus retirando-se para lugares desertos para orar.
“... retirava-se para os desertos, e ali orava...”. Lucas 5:16.
“... subiu ao monte para orar, e passou a noite
em oração a Deus”. Lucas 6:12.
“despedida a multidão, subiu
ao monte para orar à parte”. Mateus 14:23
· Os patriarcas, profetas e apóstolos, foram homens de oração. Havia neles, uma forte consciência do Governo de Deus na vida das nações, como também, conheciam o momento histórico em que viviam e o lugar que ocupavam.
Cumpriam o seu papel participando dos projetos de Deus ainda que com alguma relutância por parte de alguns (Moisés, Jonas, Jeremias...). Outros eram ousados como Isaías que gritava suas profecias defronte ao Palácio do Rei e como Amós, o profeta contra o capitalismo selvagem, contra os ricos opressores...
A Bíblia registra os clamores, as petições, as intercessões, as imprecações e deprecações pelas nações, e também as fraquezas, as angústias, as incertezas, desses homens de Deus.
· O profeta Elias, após confrontar-se com os 400 profetas de Baal diante do Rei Acabe, precisou fugir para livrar-se de Jezabel a rainha que, em revide, ordenou a matança dos profetas hebreus.
Ali, dentro de uma caverna, no monte Horebe escondido e pensando estar só, entrou num estado de profunda tristeza e lançou as suas mágoas sobre o Senhor dizendo que estava sozinho e cansado de viver. Deus o alimentou, para um jejum de 40 dias, confortou-o dizendo-lhe que, além dele, 7.000 foram guardados e deu-lhe instrução para a continuação do seu ministério. I Reis 19:8-18.
· O profeta Jonas, do mesmo modo, lamentou-se dizendo que preferia morrer, do que passar a vergonha de não ver cumprida a profecia sobre a destruição de Nínive, e Deus o tratou benignamente. Ler o livro de Jonas.
Na oração, a fé é manifestada, porque quando alguém se dispõe a orar, é porque sabe que Deus existe e está pronto a atender ao clamor dos que O buscam.
“... é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe...”. Hebreus 11:6.
É com ousadia que o crente deve entrar na presença do Pai, por meio de Jesus Cristo. O cristão deveria estar sempre convicto de que Deus espera sua oração.
Ainda que, tantas vezes, lhe pareça Deus distante, por não sentir Sua Presença; deve estar seguro, não em seus sentimentos ou emoções, nem no que pensa a respeito de Deus, mas na Palavra:
“... a oração feita por um justo
pode muito em seus efeitos”. Tiago 5:16b.
“E quanto ao que disseste, que não o verás,
Juízo há perante ele; por isso espera nele”. Jó 35:14.
“Bom é ter esperança, e aguardar, em silêncio,
a salvação do Senhor!”. Lamentações 3:26.
“... No estarem quietos estará a sua força”. Isaías 30:7b.
“... para Deus nada é impossível”. Lucas 1:37.
“Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus”. Salmos 46:10.
O principal objetivo da oração é o de conhecer a Deus e alcançar intimidade com Ele, no entanto, muitas pessoas oram somente com a intenção de notificar a Deus a respeito de suas necessidades ou de pedir solução para os seus problemas.
É lógico que a petição é parte integrante da oração, porém, precisamos ter sempre em mente, que Deus sabe, antecipadamente, todas as nossas necessidades.
“Sem que haja uma palavra na minha língua,
Eis que, ó Senhor, tudo conheces!”. Salmos 139:4.
“Aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente
além daquilo que pedimos ou pensamos...” Efésios 3:20.
“E será que antes que clamem, Eu responderei:
estando eles ainda falando, Eu os ouvirei”. Isaías 65:24.
Deus sabe qual é a prioridade para nossa vida. Por isso, tantas vezes, ficamos impacientes achando que Deus não nos ouve ou não quer nos atender, enquanto Ele aguarda que entendamos a Sua vontade e o Seu tempo para a resposta. Existe grande diferença entre uma necessidade real e uma aparente ou imaginária. O cristão deveria estar atento para não alimentar problemas fictícios, não perdendo seu tempo dedicado à oração, com petições de proveito material, sem objetivos espirituais.
A maior necessidade do homem é espiritual. Jesus, em seus milagres supria, primeiramente, a alma perdoando os pecados e, só depois, promovia a cura física.
ORAR É UM TRABALHO ÁRDUO
A oração não é um simples passatempo. É uma obrigação e uma necessidade. Alguns podem considerar a oração ou a leitura da Bíblia, como uma atividade cansativa, rotineira e sem objetivo.
Esse sentimento, a respeito da oração, pode ser considerado como a primeira luta a ser enfrentada.
Acontece, geralmente, no início da caminhada cristã, na nossa infância espiritual, no nosso primeiro amor, quando pensamos que Deus vai nos atender imediatamente, porque, afinal, somos mais um filho que Ele ganhou! Esse pensamento é de quem ainda não alcançou a compreensão sobre a soberania de Deus.
Na medida em que se exercita na oração, a pessoa verá os resultados do seu trabalho, e então, passará a se dedicar com mais alegria e com um espírito voluntário a essa tarefa.
A oração não mais será considerada, apenas uma obrigação cumprida em obediência, mas será um trabalho realizado com satisfação e sede da presença de Deus.
No Sermão do monte Jesus ensina seus discípulos a orar, mas diz também como não se deve orar.
“... Não sejas como os hipócritas;
pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e
às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens”. Mateus 6:5.
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios,
que pensam que por muito falarem serão ouvidos”. Mateus 6:7.
Jesus utiliza o exemplo negativo da oração, para ensinar que ninguém deve usar de hipocrisia na oração. Deus requer sinceridade daquele que se dirige a Ele. Deus não vê a aparência, mas vê o coração, não se impressiona com uma falsa espiritualidade, nem com a enumeração de serviços prestados a Ele, nem com palavras escolhidas, nem com a entonação da voz, nem com a posição ou o lugar em que se esteja.
Hipocrisia na oração é falar sem sentir, da boca para fora.
É também usar artifícios para ser visto ou aprovado pelos outros.
Tal oração não é aceita por Deus, porque está centralizada na pessoa que ora e não n’Aquele a quem é dirigida a prece.
Outro tipo de oração centralizada no homem é aquela em que a pessoa se coloca numa posição de vítima, lamentando-se, sentindo pena de si mesmo, como se fosse um “pobre coitado”, abandonado por Deus e por todos.
Inconscientemente, a pessoa que assim procede, está reclamando da justiça de Deus como se estivesse sendo injustiçada por estar passando por tribulações e dificuldades. Romanos 5:3-5.
Outro tipo de oração que não é ouvida é a que utiliza “vãs repetições”, isto é, uma oração mecanizada na qual a pessoa usa sempre as mesmas palavras escolhendo frases feitas ou repetindo expressões que considera boa. “Vãs repetições”, na oração, torna a pessoa semelhante a um “papagaio” repetindo sempre as mesmas palavras que aprendeu de cor.
Orar desse modo, torna-se um hábito tedioso, rotineiro e ineficaz, a pessoa se cansa de orar por não ver resultados.
COMO ORAR CORRETAMENTE?
Formar o hábito de orar em horários fixos pode ser proveitoso para a maioria das pessoas, porém deve-se vigiar para que, o cumprimento do horário, não venha a se tornar mais importante do que a própria oração.
O que é feito por obrigação, sem outro estímulo, pode retirar toda a espontaneidade dos momentos a sós com Deus.
A oração é uma conversa natural e livre, como deveria ser o relacionamento de um filho com seu pai.
O livro de Daniel registra que o profeta se recolhia, aos seus aposentos, para orar, três vezes ao dia.
“Daniel... entrou em sua casa (ora havia no seu quarto
janelas abertas da banda de Jerusalém),
e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava,
e dava graças, diante do seu Deus, como
também antes costumava fazer”. Daniel 6:10.
Os salmistas declaram:
“Sete vezes no dia Te louvo pelos juízos da Tua justiça”. Salmos 119:164.
“A minha língua falará da tua justiça e
do teu louvor todo o dia”. Salmos 35:28 e 71:24.
“Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o
seu louvor estará continuamente
na minha boca”. Salmos 34:1.
No tempo considerado bom ou no tempo considerado mau, sempre e constantemente, é tempo de louvar, de adorar e de clamar ao Senhor!

Comunidade S8: http://comunidades8.org.br/











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